Dados do IBGE apontam queda de emprego oferecido pelo setor industrial. De janeiro a novembro do ano passado, a retração foi de 3,1%. É o governo, mais uma vez, sendo humilhado com a balela do pleno emprego que nunca existiu.
Ainda há pouco, escrevi um texto cujo titulo é "Brasil, o país da contramão" AQUI No texto, argumento que enquanto o restante do mundo tomava medida de austeridade, o Brasil esbanjava e agora, enquanto aumenta as perspectivas em torno de um crescimento da economia global, o Brasil se prepara para um ano difícil.
Pois é. Não vejo uma saída a curto e médio prazo para a nossa economia. Espero está completamente enganado. Todavia, quando observamos o setor industrial, notamos que é um setor que veio enfraquecendo, ano após ano nas últimas décadas, é um setor, apontam alguns estudos, AQUI, sucateado. E como reverter esse sucateamento? Enquanto o dólar tiver acima de R$ 2,00 eu diria que é uma missão impossível.
Para que o amigo leitor tenha ainda mais clareza. Segundo dados da Confederação Nacional da Industria, CNI, o Brasil é o penúltimo colocado no ranking de competitividade pelo terceiro ano seguido, ficando a frente apenas da Argentina. AQUI
Assim, o Brasil perderá sobremaneira, boas oportunidades. Vejamos algumas:
Com países como a Argentina e a Venezuela passando por crise pior que a nossa, as exportações brasileiras para esses países não terão nenhum crescimento. Ademais, como vamos exportar se não somos competitivos?
Com o dólar chegando perto dos R$ 3,00, essa era uma excelente hora para ganharmos mais espaço nos mercados americano e europeu. Mas isso não será possível com uma industria sucateada e sem nenhum acordo bilateral com países dessa região. Não temos acordos com os EUA, Canadá, Alemanha, França ou Reino Unido.
Com perspectivas de que a inflação ultrapasse o teto da meta e com as recentes medidas da equipe econômica, dificilmente teremos um comércio virtuoso.
Oras, com queda na atividade comercial, teremos mais postos de empregos fechados, a atividade continuará a cair e mais vagas de empregos deixarão de ser criadas.
Como disse anteriormente, não vejo uma solução a curto e médio prazo e pior, estaremos na dependência de queda do dólar para que a industria possa se erguer adquirindo máquinas e a partir daí voltar a fazer nossa economia girar.
Como fica claro, ainda não estamos e nem estaremos preparados para sermos uma economia apenas de serviços.
Enfim, meus amigos. Serão anos difíceis. Anos difíceis porque a maior parte dos eleitores resolveram manter no comando do país um governo que não sabe governar. Um governo que se estava preparado para ganhar quatro eleições seguidas, não nunca teve, em todos esses anos, um projeto para o país a não ser, ludibriar a todos.
Por favor, corrijam-me se eu estiver errado nessa analise. Acredito que não esteja.
Se o caminho for esse, teremos anos de caos e mais uma vez, teremos alçado um voo de galinha.
P.S.
Aproveito esse texto para responder alguns comentários feitos no meu texto anterior, cujo titulo é esse, Ideologia do PT: Assaltar pobre. AQUI
Em meus textos, evito utilizar termos como classe, por exemplo. É uma palavra que a esquerda impregnou em nosso vocabulário. Mas, vamos lá.
É claro que a "classe" média é que sempre paga a conta dos descalabros do governo. São os que pagam mais impostos e não têm nenhuma contrapartida e ainda por cima, são os que mais sofrem ataques dos ideólogos da esquerda, como Marilena Chauí.
Todavia, de uma forma ou de outra, a "classe" média se mantém, seus projetos são adiados ou tocados de forma mais lenta.
Não obstante, são os pobres que sofrem mais, pois a esses, não lhes é dado nenhuma oportunidade a não ser, depender do governo, geração após geração.
Quantas gerações não serão necessárias para que milhões de crianças tenham uma educação de qualidade? Um futuro? Uma profissão? Isso porque, esse governo que aí está, viu como escape apenas o Bolsa Família. Nós pagamos a conta, mas, são eles que sofrem as consequências desse assalto.
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