É bastante objetivo e pontual a analise que a Folha faz, em seu editorial, em torno do preço do barril do petróleo.
Como bem aponta o artigo, o baixo preço pode ser perfeitamente, uma tentativa de tornar inviável projetos como a extração do gás de Xisto, nos Estados Unidos e o pré-sal, no Brasil.
Não acredito que essa queda no preço do barril afete a extração do gás nos EUA, minha aposta é que os americanos farão de tudo pela auto-suficiência e assim, não se envolverem tanto com países como Iraque, Irã, Arábia Saudita, entre outros. Se isso ocorrer, será uma enorme mudança na geopolítica global, afinal, os petrodólares cairiam de forma estratosférica e com eles, podem ter certeza, muitas ditaduras.
Agora, no caso do pré-sal, igualmente, não acredito nessa orquestração para boicotar-lo.
O que está claro, como a luz do dia, é que o problema da estatal brasileira é mesmo de incompetência, má-gestão e consequentemente, corrupção. Fizeram da estatal um ninho de políticos, acharam que a empresa funcionaria por si mesma e eles, só teriam trabalho em distribuir os lucros, louros e propinas. Deu no que estamos vendo aí.
Destaco alguns trechos do editorial da Folha.
"Com uma dívida estratosférica, da ordem de R$ 300 bilhões, e capacidade de geração de caixa enfraquecida, será preciso fazer uma escolha decisiva. Preservar o plano de investimento é incompatível com a manutenção da qualidade do crédito da estatal. Cortá-lo, por outro lado, implicaria desistir do sonhado salto de produção a partir de 2016".
...
"A Petrobras representa 10% do investimento do país. O emaranhado de relações financeiras com outras empresas e bancos traz alto potencial de danos em cadeia, um risco que precisa ser enfrentado com agilidade e competência –sob pena de afetar a própria nota de crédito do governo brasileiro".
"O Planalto, se é que se deu conta do tamanho do imbróglio, não parece ter percebido o ritmo com que se agrava. Ainda flerta com paliativos e mudanças cosméticas, mas já passou da hora de dar ao tema a prioridade que merece". INTEGRA
Ligando um ponto noutro e ratificando tudo o que vai escrito, lemos o seguinte no Jornal O Globo:
"A atual presidente da Petrobras, Graça Foster, atuou diretamente no processo de implementação da rede de gasodutos Gasene, que liga o Sudeste ao Nordeste, e que, segundo auditoria sigilosa do Tribunal de Contas da União (TCU), teve superfaturamento de mais de 1.800% em um de seus principais trechos. A investigação do tribunal foi revelada pelo GLOBO". Reportagem completa AQUI
Se a alguns anos atrás alguém viesse recomendar para não se investir em ações de empresas petrolíferas - leia-se - nas empresas de Eike Batista e na Petrobrás, diriam que esse analista não tinha visão estratégica. Eram os "anos dourados" da "era" Lula.
Lamento por quem investiu suas economias nessas empresas.
Hoje, as ações da Petrobrás valem menos de R$10,00. Virou piada! Qual a origem? A influência do governo na estatal. Isso é um dado inquestionável.
O governo deu sua Graça à estatal e já passou da hora de mandar a Graça embora, ou então, seguir esse curso, a Graça afundará a empresa. Fostes tu, a culpada?
Acaba de ser lançado um pequeno livro desafiador: QUAL DITADURA VOCÊ PREFERE?
ResponderExcluirQue tal você fazer a sua escolha?
https://www.clubedeautores.com.br/book/179335--Qual_Ditadura_Voce_Prefere#.VK0l6NLF-a_