terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

OAB DEFENDE CARDOZO

A Ordem dos Advogados do Brasil, (OAB), divulgou nota no dia de hoje defendendo que advogados sejam recebidos por autoridades do governo. 

Como é de conhecimento da maioria dos amigos, a revista Veja divulgou reportagem em que relata uma reunião entre o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e advogados dos envolvidos na Lava-Jato. 

Quem sou eu para entrar numa discussão jurídica com a "grande" OAB. Nem advogado sou! Todavia, devo lembrar aos nobilíssimos doutores da lei, que toda e qualquer audiência com uma autoridade do governo deve ser do conhecimento público. Não foi o caso relatado por Veja. Ao contrário, confrontados, os participantes da reunião, inicialmente trataram de negá-la. 

Vejam isso:


E essa outra


Peço que os brilhantes advogados que emitiram essa nota de hoje, respondam-nos se isso que se noticiou em relação ao encontro é algo republicano? Se tal encontro se encontra em perfeita harmonia com as funções do ministro e com o interesse público? 

Estivesse a OAB distante das afinidades partidárias, teria se calado nessa questão. Estivesse a OAB interessada na clareza do aparato legal, lembraria que encontros as escondidas entre advogados e membros do governo só servem para criar embaraços a um e a outro, sem nenhum proveito a justiça. 

Todavia, não é de hoje que a OAB se comporta como banca de advogados para teses caras ao petismo. Lembrando que a OAB-DF negou o pedido de registro de advogado ao ex-ministro Joaquim Barbosa. Podemos afirmar que esse foi um caso isolado e que nada teve a ver com politica. 

De fato, o imbróglio com Joaquim Barbosa na OAB-DF pode até ter sido algo meramente casual, isso no entanto, não exclui a não disfarçada aliança entre a OAB e o PT. Leiam o que escreveu Reinaldo Azevedo em novembro de 2014. 

Jamais o país teve uma OAB tão atrelada ao poder de turno como agora. A agenda da entidade tem sido a do PT. Querem ver? Cotejem as propostas da Ordem para a reforma política com as apresentadas pelos companheiros. São as mesmas, a começar do financiamento público de campanha. Quem assinou a ADI contra a doação de empresas privadas a campanhas eleitorais? Foi a Ordem. Pior: serviu como uma espécie de “laranja” de Roberto Barroso, o mais, digamos, “petizado” dos ministros do Supremo — sim, ideologicamente, mais do que Lewandowski. A tese original é do grupo do ministro. A Ordem confessa isso na ADI apresentada ao Supremo, prestando os devidos tributos aos doutores Daniel Sarmento e Eduardo Mendonça.  AQUI

Assim, gradativamente a OAB vai jogando sua história no mesmo lamaçal onde se encontra a história do PT. Vai vê é porque ambos possuíam as mesmas ambições e acabarão convergindo para o mesmo fim, a saber: a perda de credibilidade perante a sociedade.  

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