As reações diante dos ataques terroristas de ontem são muito dispares. Há aqueles que rechaçam, de imediato, qualquer verdade religiosa do islamismo. Há aqueles que rechaçam a laicismo e o multiculturalismo da Europa e há ainda, aqueles que rechaçam os ataques terroristas em si, porém, igualando-o ao cristianismo da Idade Média. Tal raciocínio é seguido para dar validade a tese de que todas as religiões são iguais ou ainda, que o radicalismo é inerente a todas as religiões.
Leiam trecho do editorial da Folha:
"No massacre em Paris, acrescentam-se objetivos diversos. Impunha-se silenciar uma publicação que atuava como fonte incansável de desmoralização do que as religiões podem ter de mais triste, de mais irracional, de mais homicida.
Foi pela zombaria, aliás, que o Iluminismo conseguiu várias de suas brilhantes vitórias contra a intolerância dogmática da Igreja Católica no século 18.
Os panfletos de Voltaire, a sorridente relativização das tradições na pena de Montesquieu, o urbano ceticismo de Hume, tudo contribuiu para que se tornasse mais difícil de sustentar --porque tola, porque inútil, porque cega, porque ridícula-- a obediência literal a um sistema de crenças advindo de uma época de medo e ignorância". Texto completo
Devemos perguntar aos redatores da Folha. Quais foram os atos de intolerância da Igreja Católica no século 18? Quais desses pensadores citados pelo jornal, entraram para uma lista negra ou foram ameaçados pela Igreja Católica?
Compreendo o cuidado do jornal em não querer ferir sentimentos. Compreendo o cuidado do Jornal em não entrar em discussões de ordem puramente religiosa. Isso não os autoriza, no entanto, a distorcer a história.
Apenas um dado. A infame Inquisição espanhola, levou mais de 300 anos para causar número idêntico de mortos que os ataques do 11 de Setembro causaram em algumas poucas horas.
Por outra. A Folha não pode atribuir o mesmo peso dos ataques de ontem ao "intolerante" Index criado pela Igreja Católica.
A bem da verdade, é que o islamismo tem sua expansão calcada no confronto bélico contra os "infiéis". Foi assim quando tomaram a cidade de Meca em 630, foi assim quando dominaram a Península Ibérica, foi devido a isso, em última instância, que as Cruzadas ocorreram. LEIAM ISSO
Finalizo recomendando a Folha e a todos os jornais do país, que condenem a violência seja ela praticada por quem quer que seja, mas, não façam paralelos que não existem. Melhor, se querem fazer algum paralelo, tentem buscar na origem da religião criada por Maomé algum impedimento explicito a Jihad encabeçada hoje, por fanáticos terroristas.
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