Para quem ainda não leu vai aqui a recomendação do ótimo texto escrito hoje por Dora Kramer, no Estadão. Integra AQUI, segue trecho:
A prova na incompetência está na queimada na largada. O PMDB captou de início o plano. E, ao perceber, se uniu. O movimento para enfraquecer, fortaleceu como se viu na manifestação da executiva do partido em prol das candidaturas às presidências da Câmara e do Senado. O recado foi direto: quaisquer hostilidades dirigidas aos candidatos, notadamente ao deputado Eduardo Cunha, serão interpretadas como agressões ao conjunto dos pemedebistas.
É um erro apostar na fragmentação do PMDB que apenas se fortalece ano a ano. Caso Eduardo Cunha não seja atingido pela operação Lava Jato, sua eleição como presidente da Câmara é certa e aí, virá chumbo grosso pra cima do planalto.
Não tenham dúvidas de que se foi o PT quem tentou vazar a informação de que Cunha teria sido citado pelo doleiro Youssef em sua delação premiada, o deputado peemedebista dará o troco.
Será que o planalto tem cacife para lidar por quatro anos com um congresso se não hostil, mas, menos ligado ao governo? Pelo histórico, a aposta é não.
Todavia, nessa conturbada relação entre PT e PMDB, ficam algumas indagações. O PMDB continuará aliado oficial do governo petista até quando?
Muito já se falou que o partido terá candidatura própria em 2018. Será que contam com uma dobradinha com o PT como vice? Difícil imaginar essa possibilidade, mas, em politica, nada é impossível.
Se não for esse o caminho, o partido de Michel Temer, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, podem trilhar o seguinte roteiro.
Protelar a aliança até 2016 ou 2017 e até lá boicotar sistematicamente o governo. Ou, simplesmente deixar a candidatura própria apenas no campo da ameaça e especulação e seguirem de mãos dadas com os petistas até 2018 apostando numa candidatura de Lula.
A politica nacional de 2015 será bem agitada. Ainda escreverei sobre o PMDB em outras oportunidades.
Duas máfias.
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