quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

O PRECONCEITO DE VERISSÍMO

Luis Fernando Verissímo é daqueles escritores que por mais que falem bobagem, por mais que bajulem o governo, mais alguns querem fazer dele um escritor acima de qualquer critica.

Evidentemente que não irei aqui tirar seus méritos como escritor propriamente. Sei da sua herança. Todavia, devo lembrar que aquilo que escrevemos é fruto de ideias com as quais nos identificamos. Nossas crenças estão impregnadas, seja numa ficção, seja em artigos jornalisticos. Em sentindo inverso, atualmente, é dificil podermos determinar se o individuo acredita naquilo que escreve ou se escreve simplesmente para agradar um público ou ainda o patrão, que em muitos casos, acaba sendo o governo federal.

Quando leio algum artigo, me pergunto: Ele realmente acredita nisso? Na maioria das vezes, concluo que sim.

Voltemos a Verissímo.

Em seu artigo de hoje, no O Globo, o escritor se propõe a analisar os recentes atos de violência no Rio e para tal abordagem, faz uso da sua linguagem sutil, até mesmo romanceada e porque não, poética, cheia de nostalgia e com imagens inocentes.

É uma leitura gostosa e o leitor menos atento, acaba comprando o peixe que Verissímo vende. Não obstante, com um pouco mais de atenção, percebemos logo que o texto vem carregado de preconceitos. Não é um aspecto pessoal do autor, mas sim, um traço comum a maioria dos autores da esquerda que é o de confundir pobreza com criminalidade.

No artigo, intitulado "Banlieues", Verissímo faz um paralelo entre os morros cariocas e a periferia de Paris. Enquanto estas passam despercebidas por quem visita a capital francesa, aquela está constantemente a vista. Afora essa diferença, são unidas por abrigarem pobres. Se no Rio de Janeiro o antigo receio de "quando os morros descerem para o asfalto e não for carnaval"? tornou-se uma realidade, nas palavras do autor, em Paris, isso ainda não aconteceu, ou seja, para o autor, Paris continua a conjecturar: "E quando o cinturão apertar e a periferia invadir o centro"?

Além de investir no preconceito de associar pobreza a criminalidade, Verissímo também investe na oposição pobres versus ricos; periferia versus centro.

Leiam isso.
 
"E quando a miséria real, nos morros e nos arredores da cidade, derrotar qualquer tentativa de poetizá-los? O inevitável, como se lê no noticiário do Rio de todos os dias, já aconteceu".
Está claro para o autor que os recentes casos de violência na capital fluminense é resultado dessa "descida do morro". Eis aí o preconceito. Verissímo não vislumbra a ideia de que a população das favelas cariocas é vitima e não produtora da violência. São prissioneiros de quadrilhas e facções criminosas que se enriquecem através do mal. Verissímo não se atém ao fato de que a maior parte da população dos morros cariocas quer sim, descerem para o asfalto, mas, para trabalharem, estudarem, enfim, serem uteis a sociedade.
 
Proclamar a idéia grotesca de que a violência é resultado da pobreza, impede que se enxergue com clareza aquilo que se deve combater. Troca-se o combate ao crime pela romantização de criminosos que em nada contribui no combate a pobreza, antes, fazem dela uma constante praga para milhões de familias.
 
Segue Verissímo.
 
"A Paris que a gente conhece é apenas o centro de uma cidade que, assim como preservou sua arquitetura e seus monumentos, conserva sua solene indiferença ao cinturão de pobreza e ressentimento que a cerca. E lá também se pergunta, como no Rio antigo: e quando o cinturão apertar e a periferia invadir o centro"?
Integra da coluna de Luis Fernando Verissímo. AQUI
 
Apenas a indiferença do centro parisiense impede que os pobres da periferia daquela cidade invada o centro, como quer fazer-nos acreditar que acontece no Rio. Nesse sentido, o autor trabalha com a noção de que os países desenvolvidos além de ter pobres, os renegam, logo, os renegados não têm outra saída a não ser o crime e porque não, o terrorismo.
 
Num fato e noutro, a intenção do autor não abre espaço para dúvidas. O grande vilão mesmo é o rico. Não, o grande vilão é a classe média, o capitalismo, a economia de mercado que enriquece uns pouco e exclui os demais e contra isso, há apenas uma solução: Inocentar criminosos, justificar terroristas e abrigá-los todos sob os cuidados de Estado babá.   
 
 

2 comentários:

  1. faz tempo q o Veríssimo não me engana…
    dizer que os morros têm pobreza rsrsrsrsr só rindo né? e aquele monte de antena parabólica, TVs, internet, carnê de prestação, smart phones… meu, só rindo!
    o crime é cometido por safados envolvidos com tráfico de drogas junto com a polícia bandida. e tem muito rico metido com crime tb, me poupa.
    o Veríssimo é fim de raça, amigo.

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  2. Falou apenas A VERDADE! Hoje mais um policial morto COM TIRO NA CABEÇA numa favela carioca, e voces brincando de ser esquerda caviar... SE MANCA!

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