Joaquim Levy, ministro da Fazenda do governo Dilma, anunciou ontem o aumento de impostos com o objetivo de arrecadar R$ 20 bilhões de reais.
Alguns querem chamar de pacotaço, outros, simplesmente de "maldades". De fato, são palavras que refletem bem o sentimento da população que carrega o peso desses aumentos.
Todavia, sabemos que em momentos de crise, sacrifícios devem ser feitos, por todos. Estamos em crise? Estamos em recessão. E essa recessão é mais uma consequência da má condução da economia do que do baixo crescimento da economia global.
Nesse sentido, a população deve começar a perceber o quanto incoerente, hipócrita e descompromissado é esse governo.
As contas públicas do país e os indicadores da economia estão em desarranjo e somente aumentar impostos não irá resolver a situação. Assim, o governo joga-nos a responsabilidade de arcamos com os erros desse governo, ok, como não nos restam opções, até porque os impostos nos são impostos, também devemos cobrar que o governo assuma sua parcela de responsabilidade e tome medidas para solucionar a questão.
Faço uso aqui de uma expressão cara a presidente "Cortar na própria carne". Então, presidente Dilma, coloque em prática espontaneamente tal expressão. Comece a reduzir os cargos comissionados. Que tal acabar com 2 ou 3 ministérios? Que tal cortar os gastos com os cartões corporativos? Reparem que não estou falando de investimentos, mas, de gastos.
Quando o governo represa verbas da educação, não está cortando gastos, está deixando de investir. Agora, quando o governo reduz o inchaço da máquina pública, ele reduz os gastos para aumentar o investimento.
São essas as medidas que um governo e uma equipe econômica que busquem austeridade fariam. Se o Brasil não fez nesse governo, e não dá mostras de que irá fazer, a mensagem que nos passa é a de que para eles pouco importa o baixo crescimento, inflação ou desemprego, há sempre aqueles para quem enviar a fatura, ou seja, nós.
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