Durante as eleições passadas, setores da imprensa chapa branca fizeram uma verdadeira campanha para que o Estado de São Paulo decretasse o racionamento de água. Não apenas a imprensa, mas, o próprio governo federal entrou na "jogada" por meio da ANA.
Queriam que acreditássemos que o problema era exclusivo de São Paulo. Não era. A falta de chuva está afetando todas as regiões do país. Algumas mais, outras menos.
Será que agora, a mesma imprensa que apontava para a necessidade de se decretar o racionamento de água também irá apontar para o racionamento da energia elétrica? Oras, estamos enfrentando picos de consumo, os reservatórios estão baixo e nisso há um outro agravante que a imprensa está duplamente negligenciando. O uso das termoelétricas.
Onde está a dupla negligência?
As termoelétricas causam uma enorme poluição ao meio ambiente e nessa questão não vejo as entidades ambientais criticarem o governo, optando por um silêncio ensurdecedor. Cadê o Partido Verde? Cadê Marina Silva? Cadê o Greenpeace? Onde estão as ONG´s?
Além disso, como quase todo o mundo informado minimamente, uso das termoelétricas requer um elevadíssimo custo para o governo, segundo Lauro Jardim do site de Veja, o megawatt/hora está saindo pelo valor de R$1.402, 96. Em tempos de ajustes das contas públicas, em tempos de baixo crescimento, é de supor que o governo evite gastos tão elevados, não!? Pois mesmo com todo esse custo, a situação chegou ao seu limite. Vejam noticia da Folha:
O apagão que atingiu dez Estados e o Distrito Federal na tarde desta segunda-feira (19) deve se repetir nas próximas semanas, dizem especialistas.
O aumento do consumo de energia devido ao forte calor deve continuar sobrecarregando o sistema, avalia Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc, maior comercializadora independente de energia.
"O nível dos reservatórios está crítico e situações parecidas com essa podem ocorrer nas próximas semanas", diz.
Opinião do blog.
Acredito que antes que a situação piore, levando o governo ao constrangimento de dar diariamente, uma explicação diferente da fornecida pelo próprio orgão responsável pelo setor, o mais sensato nesse momento, é ao menos o governo anunciar um plano de racionamento, desse modo, a população terá tempo de se adequar a nova situação e não pega de surpresa, podendo sofrer danos muito maiores do que a simples espera pelo retorno da energia. A saúde de muitos dependem da energia, sem um prévio aviso, como irão se organizar?
Quem da imprensa pedirá o racionamento? Qual telejornal apontará para essa eminente necessidade? Algum editorial a respeito? Creio que todos nós saibamos a resposta.
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