Um dado que nos intriga há anos. Por mais que se digam é o Brasil é o país do futuro e tal futuro fica sempre para trás, podemos concluir que o Brasil é o país da contramão.
Enquanto o mundo sofria os efeitos de uma grande crise econômica e que por isso, tomaram medidas de austeridade, o Brasil fazia graça, segundo o coronel do PT, aquela crise não passava de uma marolinha.
Como o país vivia na sua "era" de festas, de eikes e ações da Petrobrás nas alturas, com vistas às reservas do pré-sal, nenhuma ação de austeridade foi feita, nenhuma reforma de modernização do sistema tributário e trabalhista foi proposta, enfim, sob o novo governo iniciado em 2002, o Estado viajou no piloto automático, porque em nenhum momento anterior, nem mesmo agora, eles dão mostras de saber noções básicas de pilotagem de uma grande economia.
Pois bem, enquanto o mundo pouco a pouco vai se livrando da crise, a estagnação da nossa economia dá sinais de que nem tão cedo irá acabar. O deficit público alto e os bancos reprimindo créditos. Industria fraca, risco de demissões. Sem investimentos externos, com dólar e juros altos. Enfim, alguém pode dizer em voz alta e não ser taxado de pessimista. A casa caiu!!
Leiam o que a Folha publicou hoje:
Enquanto preços recuam no resto do mundo, inflação sobe no Brasil. AQUI
Destaco um trecho da matéria:
O país é uma das seis economias que estão com a inflação dentro do intervalo de tolerância estipulado pelos governantes –registrou 6,4% de inflação ante um limite de 6,5%. Mônica ressalta, contudo, que o alvo do Brasil é mais alto. No Peru, o teto é 3%, e, no México, 4% ao ano.
Fica claro que na reportagem ainda se fala de crise no mundo e que a matéria aponta para os malefícios da deflação. Contudo, devemos destacar que a economia dos EUA está dando sinais de recuperação, e tudo indica que 2015 seja de crescimento, se esses sinais se confirmarem, as demais economias desenvolvidas serão beneficiadas e até mesmo as emergentes.
O Brasil contudo, pela fragilidade de suas contas, crise na Petrobras, que não a autoriza mexer para baixo o preço do combustível, somado a conta luz e demais serviços e produtos mais caros, corre sério risco de não se beneficiar de um provável crescimento da economia mundial.
O Brasil é o país da contramão!!
Parabéns. No Brasil as coisas precisam ser levadas mais a sério. É exatamente isso o que foi dito. Enquanto o mundo estava seriamente preocupado com a crise econômica, aqui no Brasil se fazia piada, como se nada fosse nos atingir. Deu no que deu.
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