Não há sociedade que resista ao tempo sem História e a História de um povo é construída com base nos fatos. Por outro lado, não há sociedade que perdure intacta e de forma harmônica no limite de suas inúmeras diferenças, se a sua história for narrada com base em fábulas, mentiras ou distorções da realidade.
Ao alinharmos nosso presente atual com o passado, podemos observar claramente as divergências existentes entre o discurso patrocinado pelo governo e os fatos anteriores a ele. Tal governo esqueceu-se do óbvio e deu vazão ao ufanismo.
Desde de sua chegada ao poder, o PT usou toda a sua máquina de propaganda para desqualificar os governos de FHC. Por mais que na "Era" Lula se tenham mantidas as diretrizes econômicas do Plano Real, o discurso era inequívoco: Tornar os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso um anátema.
Numa analise ligeira, podemos dizer que tal estratégia do PT foi bem sucedida, pois o partido de Lula já está indo para seu quarto mandato consecutivo. Todavia, por mais que os petistas seduzam seus eleitores com propagandas, por mais que distorçam a realidade do seu próprio governo, tão descaradamente quanto uma cena de novela pastelona, eles jamais conseguirão vencer os fatos. Não enquanto tivermos em uma incipiente democracia.
Mas, o por que desse texto?
Segundo nos informa o jornalista Josias de Souza, o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, "enalteceu" a fase FHC.
Leiam trecho:
"O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, atribuiu ao trabalho de Fernando Henrique Cardoso, como auxiliar do presidente Itamar Franco e, depois, como sucessor dele no Planalto, o sucesso da administração Lula na distribuição de renda e no enfrentamento da crise financeira internacional de 2008. Em seu discurso de posse, Levy comparou o ajuste a ser feito neste início do segundo quadriênio de Dilma Rousseff ao esforço realizado na fase que antecedeu o lançamento do Plano Real, ainda sob Itamar". Integra
Se os petistas não tinham tantos motivos para boicotarem o trabalho do novo ministro, agora podem dizer que tem.
Na sua sanha totalitária, os petistas se puseram a reescrever a História, porém, não tinham fatos, senão fábulas, mentiras e distorções. Não tinham sequer um projeto, senão, a permanência no poder, e para isso, dependem em sua essência, daquilo que eles não têm competência: estabilidade econômica.
Pouco a pouco a história vai se encarregando de fazer justiça. São, a meu ver, duas justiças: Inocentar um governo que foi implacavelmente atacado pelos poderosos de turno e condenar esses poderosos a pior de todas as sentenças. A humilhação.
Não é exagero meu afirmar que o governo petista está sendo humilhado. São apenas os fatos. O governo petista é humilhado na figura de Guido Mantega e humilhado quando o novo ministro compara o momento atual, ao momento que antecedeu o Plano real, sendo necessário agora, as mesmas medidas de outrora.
Não obstante, e finalizo por aqui, não me regojizo por isso e acredito que ninguém deva fazer. Não o faço porque acima de tudo, o que podemos constatar é que o Brasil perdeu um tempo que não deveria perder e comprometeu um futuro que, por tudo isso, não existirá.
Acima de tudo, só podemos lamentar!
Acima de tudo, só podemos lamentar!
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