quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

DILMA INDIGNADA

Sob os ombros do presidente da República recai todas as coisas. Boas ou más. É ele o responsável, o comandante de um gigantesco navio chamado país. 

Do presidente da República se cobra ação, se cobra trabalho e se cobra resultados pois foi para isso e por isso que o mesmo foi eleito, uma vez que na campanha, o mesmo convenceu o eleitorado que teria capacidade para conduzir os rumos da nação, levando-a por águas tranquilas até um porto seguro, ou seja, um país ainda mais desenvolvido, rico e próspero. 

O Brasil patina vergonhosamente na educação, no Brasil, mata-se mais de 50 mil pessoas por ano, o Brasil tem uma das mais elevadas cargas tributárias do mundo e oferece um dos piores serviços públicos do mundo. Saúde, educação, segurança, transporte, etc, etc. 

Nos últimos quatro anos o crescimento do PIB brasileiro foi bisonho, beirando a recessão em 2014 e com inflação acima da meta. Não se esqueçamos, nesta lista, de acrescentar a taxa de juros altíssima. 

Escandalizados, os brasileiros assistem ao maior caso de corrupção jamais visto em nossa história. Um verdadeiro assalto a maior empresa pública do país. Tal crise, levou a Petrobras a perder valor de mercado pondo em risco os investimentos presentes e futuros. Com a abertura de processos, nos Estados Unidos, contra a estatal, a corrupção na petrolífera ganhará ainda mais visibilidade no mundo. 

A tudo isso que foi listado a presidente Dilma Rousseff ficou indignada? 

Quando que ela mandou, indignada o ministro da saúde vir a público da entrevista com o caos na saúde? 

Quando que ela mandou, indignada, o ministro da justiça vir a público da entrevista em resposta a insegurança que assola a sociedade?

Indignada com o baixo aprendizado de crianças e jovens? Com o risco da inflação e o baixo crescimento?  Indignada com a elevada carga tributária do país? Corrupção? Não, não e não! 

Em nenhum momento li ou ouvi algum repórter indicar que a presidente tenha ficado indignada com esses casos.

Todavia, ao saber que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez duras criticas à gestão da Petrobrás, defendendo, naturalmente, que toda a diretoria da estatal seja demitida, o que já teria ocorrido em qualquer empresa séria do setor privado, a presidente da República, sabe-se, ficou irritada, inconformada e indignada e ordenou que seu ministro da justiça convocasse entrevista para rebater tais criticas. 

Uau! Dá para imaginar a presidente com os punhos cerrados esbravejando contra essa "grande injustiça" feita contra diretores tão "competentes". 

Dilma está indignada, mas não com o que REALMENTE a deveria deixar. E isso é ruim para a Petrobrás e pior para o Brasil.  


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