segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

BOLSA FAMÍLIA: MEIO DE SOBREVIVÊNCIA



No ótimo editorial de hoje no Estadão, temos a perfeita síntese de uma Era. Trata-se de uma era na qual imperam a mentira, o populismo e o cinismo. Uma era onde a propaganda oficial ganha maior verossimilhança do que a realidade de fato. 

Do que estou falando?

Ano após ano, mês após mês, ouvimos, lemos e assistimos ao governo se auto declarar de forma cândida e pomposa, como o criador do Bolsa Família. Toda a pompa em cima desse programa, é, segundo o  governo, porque trata-se de um eficaz programa de distribuição de renda. 

O curioso é que essa balela consegue conquistar mentes e corações de diferentes setores da sociedade, não apenas daqueles que dependem do programa. 

Como disse, é uma verdadeira balela. 

Leiam trecho do editorial de hoje do Estadão:

A mais recente Síntese de Indicadores Sociais do IBGE mostra que os brasileiros mais pobres dependem cada vez mais dos programas de transferência de renda. Com uma década de existência, o Bolsa Família representa hoje a maior parte dos ganhos de uma parcela significativa da população. O programa - que deveria ser temporário e servir apenas como forma de auxiliar os beneficiários em sua luta para sair da miséria - consolidou-se como a base da sobrevivência dessas famílias, pois a renda do trabalho, quando existe, é insuficiente, e não há perspectivas de que essa situação mude num futuro previsível. Esses brasileiros se tornaram, portanto, clientes permanentes de favores do Estado. A integra encontra-se AQUI

O que os dados do IBGE nos revelam e o texto do jornal deixa claro, é que o Bolsa Família a muito deixou de exercer a sua principal função - tirar as pessoas da miséria - tornou-se uma fonte permanente de renda. Em outras palavras. As famílias estão numa condição estacionária, não encontram incentivos para obter uma melhor qualificação profissional, não conquistam bons empregos e por consequente, têm no Estado a principal fonte de renda. 

O mais estarrecedor disso tudo foi a candidata presidente e reeleita, Dilma Rousseff, brigar com o candidato adversário, em torno dos números de famílias assistidas pelo programa. 

É estarrecedor porque, como a própria Dilma se declara, ela mesma, conhecedora de economia, não saiba que quanto maior o número de assistidos, mais claro fica que o país não cresce economicamente, uma vez que nenhum país cresce com assistencialismo e sim com geração de riquezas.  

Concluo com essa: Quando um governo baseia sua ação social em torno do clientelismo, é sinal de que esse governo nada mais tem a oferecer além do mais do mesmo. Um governo que não erradica a pobreza e empobrece o país. Esse é o governo do PT.   

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