segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

EDUARDO CUNHA E A ARTE DA POLITICA

Há algum tempo surgiu o boato de que o Deputado Federal e hoje presidente da Câmara, Eduardo Cunha, usava sua atuação parlamentar para beneficiar algumas empresas. Foi devido a isso que Anthony Garotinho o chamou de deputado lobista. O caso foi parar no Supremo, com uma queija crime contra Garotinho.
 
Por mais ruim que seja a articulação politica do governo, este possui o poder da "maquina". Todavia,  o deputado carioca impingiu derrotas e constrangimentos ao governo petista. Como que um deputado "rebelde" de um partido da base aliada consegue causar tanto desconforto ao governo? A resposta é simples. Cunha faz aquilo que se espera de todo parlamentar. Politica! 
 
Leiam trechos de duas matérias. A primeira na Folha. A segunda no O Globo. Integras AQUI e AQUI
 
O governo sabe que terá de presentear os partidos aliados com cargos de segundo e terceiro escalões para amenizar o impacto da vitória de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em primeiro turno para presidir a Câmara. O bloco liderado pelo PMDB terá de ser agraciado para evitar que essas siglas se posicionem contra Dilma Rousseff e reeditem a rebelião de 2014. O Planalto está convencido, ainda, de que terá de ampliar o espaço do próprio Cunha para tentar um acordo na pauta da Casa.
 
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Discreto, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é um político de bastidor, transversal. Aos 56 anos, costuma se mover em silêncio, e há dezenas de exemplos disso. Em agosto de 2011, a Ordem dos Advogados do Brasil negou-lhe a vaga de relator do projeto de reforma do Código do Processo Civil. Argumentou que a função cabia a um político com formação em Direito. Desde então, Cunha trava guerra contra a entidade, declarando guerra à prova de habilitação da Ordem.

Voltei
 
Está aí. Fica a lição de que politica não se faz somente com gritaria, ou com o toma lá dá cá tipico de um governo que não conhece e reconhece a essencia do jogo de acordos, negociações e convencimento.
 
De fato, além da sua habilidade politica, Eduardo Cunha conta a seu favor o fato de que atua contra um governo que acredita que politica se faz por meio da compra de opiniões, da imposição e de ameaças.
 
Diante disso, o resultado de ontem era mais do que esperado. Venceu aquele que nada tento a oferecer, soube convencer.

 

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