"- A última grande batalha - continuou a rainha - raivou por três dias aqui, no coração de Charn. Durante três dias eu a contemplei deste mesmo local. Só me utilizei da solução final depois que tombaram meus últimos soldados, quando a mulher maldita, minha irmã, á testa dos rebeldes, já subia aquelas imensas escadarias que vão do centro da cidade ao terraço. Esperei que estivéssemos bem próximas e pudéssemos distinguir nossas fisionomias. Faiscando seus horríveis olhos perversos em cima de mim, disse-me ela: 'Vitória!'. 'Sim', disse-lhe eu, 'vitória, mas não sua'. Então pronunciei a Palavra Execrável. Um momento depois era eu, sob o sol, a única criatura viva.
- E o povo? - perguntou Digory, sem ar.
- Que povo, garoto?
- O povo, ora, o povo que anda na rua, que nunca iria fazer-lhe mal. E as mulheres, as crianças, os bichos?
- Você não está entendendo. Escute, eu era a rainha; eles todos eram os meus súditos; logo, só viviam para fazer a minha vontade". (AS CRÔNICAS DE NÁRNIA).
Alta e bela; rainha temível, feiticeira e tirânica. São essas as características da rainha de Charn. Ao ler o trecho acima, não pude deixar de fazer um paralelo com as tiranias do século XX. Algumas delas, na atualidade, têm suas consequências minimizadas, senão, seus lideres exaltados. Refiro-me as tiranias comunistas.
Assim como o pequeno Digory e mais tarde, seu tio André se deslumbraram com a beleza da rainha de Charn, nos dias atuais não são poucos os marmanjos e moças que se deslumbram com a "beleza" física de Che Guevara. Há ainda aqueles que deixam a barba crescer á semelhança de Marx, ou fazer cavanhaques à Lenin.
Não há dúvidas de que essa turma também faz reverência ao peculiar modo de governar dos seus "ídolos". "Governar com mãos de ferro", como fez Guevara, Lenin, Mao e Stalin.
Foram todos feiticeiros! E assim como a rainha feiticeira Jadis, egocêntricos e individualistas, não tinham outro objetivo a não ser a vitória a qualquer custo. Corrijo. Vitórias cujo preço foram vidas humanas e o prêmio que conquistaram nada mais foi do que continuarem no poder de sociedades sem vida, sombrias e destroçadas.
Qual mal faria povo a Mao, Stalin, Lenin ou Che Guevara? A discordância. Mas isso eles não toleraram e impingiram sofrimento a população.
É verdade que tais personalidades fazem parte do passado. Suas almas estão pagando o justo preço do mal que causaram, porém, o feitiço que lançaram, continua a contaminar corações e mentes.
Aqui no Brasil, o aprendiz de feiticeiro, chefão do PT, surpreendeu-se com a alta taxa de rejeição ao Partido. Sua fiel "serva", tentou emplacar o conselho bolivariano.
Black Blocs, sob a liderança da "fada" Sininho, tentaram e tentam espalhar o caos pelo país.
São feiticeiros e e seus enfeitiçados. Envenenados pela magia do totalitarismo.
Para esses bruxos, se o povo não está fazendo a vontade do "rei", então, o sofrimento é mais que justo.
O reino de Charn foi totalmente destruído e Aslam faz o seguinte alerta:
"... aquele mundo acabou... que a raça de Adão e Eva receba esse aviso.
- Mas a gente é tão ruim como as pessoas de Charn? - indagou Polly.
- Ainda não, Filha de Eva. Ainda não. Mas estão caminhando para isso. Não é impossível que um homem perverso de sua raça descubra um segredo tão pavoroso quanto o da Palavra Execrável, e use esse segredo para destruir todas as coisas vivas. Breve, muito breve, antes que envelheçam, grandes nações em seu mundo serão governadas por tiranos parecidos com a imperatriz Jadis: indiferentes à alegria, à justiça e ao perdão."
Como que o Brasil tem sido governado nesses últimos doze anos?
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