Galera, segue um texto longo. Espero muito que gostem.
Vamos a ele.
Todas as sociedades têm sua formação e organização orientadas por leis e regras que visam o funcionamento harmonioso entre todos os seus integrantes, sejam eles dirigentes ou dirigidos.
Há as autoridades constituídas, que dão legitimidade as normas, regras e leis. Há os que estão sob essas autoridades, dando-lhes igualmente, legalidade.
Logicamente, algumas leis e algumas regras, com o passar do tempo, são assimiladas de tal forma que acabam moldando não somente a cultura de um povo, mas também seu comportamento.
Diante dessa constatação, alguns dizem que o comportamento humano é ao cabo e ao fim, condicionado.
Há claras evidências que sim. Mas também há claras evidências que refutam essa ideia.
De todo modo, o que é certo é que em nenhum momento da história, o homem deixou-se condicionar pelo autoritarismo.
Isso porque, há uma enorme diferença entre comportamentos apreendidos e comportamentos impostos. Entre, aprender a aceitar e aceitar pela força.
Nas democracias, não se agradam a todos, mas, os descontentes podem usar de vários meios legais para mudar leis e regras que não forem de seu agrado.
Assim, na contra-mão das democracias, sob regimes autoritários o homem reivindica, primordialmente, seu sagrado direito a liberdade. Essa reivindicação pode se dar de várias formas.
Seja por meio do enfrentamento direto ao grupo que detém o poder, seja pelo silencioso desrespeito as leis, ou por meio da crítica e sátira aos governantes e suas imposições. Seja ainda, por meio da fuga!
Não faltam exemplos ao que acabei de escrever. O mais notório e famoso em nosso continente é Cuba.
Sim, a ilha da fantasia dos esquerdalhas, tem centenas de presos políticos, Lula já os comparou a presos comuns.
Na ilha dominada pelo coma-andante o que não deve faltar são críticas e sobretudo sátiras a tal regime.
Na ilha dos pesadelos, sempre que possível, cubanos se arriscam e fogem para os EUA, ou para qualquer outro lugar que lhes dê o mínimo de dignidade.
Aqueles que se destacam em práticas esportistas, se valem de viagens internacionais e tentam ficar livres dos Castros. Infelizmente, os pugilistas cubanos presos pela PF não tiveram sorte.
Agora, temos o caso dos médicos cubanos.
É inimaginável que o atual governo brasileiro manche a história do Brasil com um acordo tão esdrúxulo quanto imoral.
Espero que as próximas gerações tenham vergonha desse momento.
Aqui e ali, diz-se que é justamente por causa dos médicos cubanos que o Programa do governo brasileiro pode perder seu apelo eleitoral. Isso porque, a cada dia, tem-se noticia de novas desistências.
Mais que isso, de um total de vinte e sete desistências, tudo indica que ao menos cinco não querem voltar a Cuba. Dois já estão nos EUA e a médica Ramona, provavelmente pedirá asilo aqui no Brasil ou mesmo aos Estados Unidos.
Não obstante, o número de desistências continua baixo. Há cerca de 7.400 médicos vindos da ilha caribenha. Isso não significa que estes mais de sete mil médicos estejam satisfeitos com o salário que estão recebendo aqui no Brasil e muito menos com a falta de liberdade em Cuba, ou que sejam agentes comunistas infiltrados aqui no Brasil. Se há agentes comunistas entre os médicos, com certeza eles são a minoria das minorias.
O silêncio dessa maioria é compreensível. São mais de cinquenta anos sendo infantilizados, impregnados pela cultura do medo.
Perseguições, ameaças, retaliações absurdas e desonestas contra quem tentou abandonar aquele país ou contra os parentes daqueles que abandonaram.
Além disso, esses médicos estão em um país cujo governo é simpático a ditadura cubana. Estão em um país, cujo governo já demonstrou não dar a mínima para os Direitos Humanos, quando seus interesses estão em jogo.
No entanto, devemos reforçar que são mais de cinquenta anos que a população de Cuba vive na miséria, escassez, atraso e porque não, infelicidade.
A população cubana não vive, ela sobrevive.
Em Cuba não há Direitos Humanos!
Tais circunstâncias são mais do que suficientes para que os médicos cubanos superem o medo e sigam o exemplo dos demais colegas que abandonaram o ilusório programa Mais Médicos e mandaram uma banana para Fidel.
Uma fuga em massa, colocaria o regime em risco? Talvez não.
Mas tenho absoluta certeza de que o mesmo ficaria um pouco mais fragilizado. Além de denunciar a conivência do governo brasileiro, um país democrático, com uma ditadura.
Se em Cuba não há Direitos Humanos, o governo brasileiro não apenas está sendo conivente, como também desrespeita de forma cínica tais direitos.
Assim, o governo do PT iguala o Brasil as piores ditaduras. Aos mais horrendos e infames regimes que não reconhecem nenhum DIREITO HUMANO. Eis a verdade crua!
Por fim, cabe a nós apoiarmos e comemorarmos por cada cubano que desista do Mais Médicos. Devemos incentiva-los a não voltarem a Cuba enquanto a ditadura estiver em vigor.
Será que nossa oposição tem coragem de abraçar essa bandeira? Ou irão propor que o trabalho escravo de médicos cubanos seja incorporado ao Programa de Estado?
Fica a dica!
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