FALTA REFLEXÃO
Algumas coisas começam péssimas e
terminam de forma horripilante. Porque digo isso? Porque foi assim com a
revista Veja dessa semana. Começou pessimamente mal com a entrevista do ministro
Guido Mantega e fechou a edição com um artigo que se destacou um verdadeiro
show de horrores patrocinados pelo senhor J. R. Guzzo.
Antes de tudo, quero ponderar que
ninguém é obrigado a aceitar os valores morais que o cristianismo abarca, no
entanto, sugerir que estes são sinônimos de atraso, significa, negar a si mesmo
uma reflexão mais apurada e optar por papagaiar uma série de absurdos, ou,
pensamentos simples.
Para minha decepção, foi o que fez J.
R. Guzzo em seu último artigo a Veja, edição 2333. Como cristão, não posso deixar
de contestar suas ideias.
O titulo do artigo escrito por J. R.
Guzzo é: Pensamentos Simples.
O colunista inicia seu artigo abordando
a recente visita que o papa Francisco fez ao Brasil. Destaca o carisma do
pontífice e os desafios que este deve enfrentar a frente da igreja católica,
leia-se a perda de fiéis e os casos de pedofilia, bem como, a aceitação de
homossexuais na igreja. A partir desse último item, o autor do artigo passa a
atacar valores caros não somente a católicos, mas, a todos os cristãos.
Vejamos
alguns pontos.
“...
sim, afirmou o papa, a pessoa pode ser gay e cristã ao mesmo tempo. Por que
não? É o contrário do que sustenta há séculos a doutrina da igreja, numa
resistência teimosa, mesquinha e inútil á liberdade de costumes no mundo de
hoje.”
Se o papa afirmou tal coisa, e pelo
que sei, no mínimo fez acenos a ideia, é um verdadeiro despropósito. Não, a
pessoa não pode ser gay e cristã pelo simples fato do cristianismo condenar tal
prática. Qualquer instituição, seja ela secular ou religiosa, não pode fechar
suas portas a quem quer que seja, porém, o individuo que procura fazer parte de
uma instituição, tem que está disposto a aceitar as mudanças que a instituição
lhes pede.
No que
diz respeito a pratica homossexual, sou obrigado a fazer uma citação um tanto
perturbadora. Dawn Stefanowicz, filha de um
homossexual e criada num lar homossexual, relata da seguinte forma sua
experiência de vida:
“Para começar, você é
exposto a várias doenças. Não sei como dizer isso, mas o sexo homossexual é
asqueroso. Eu via lençóis sujos de esperma, fezes e gel lubrificante.
Camisinhas não eram parte do cenário, pois não se conhecia a AIDS até então.
Com efeito, anos depois, quando descrevi minha situação ao meu médico, ele
encomendou os mesmos testes sanguíneos feitos em homens envolvidos em
relacionamentos homossexuais”.(reportagem
completa em http://www.midiasemmascara.org/artigos/direito/14164-criada-sob-a-guarda-lgbt-e-contraria-ao-qcasamentoq-gay.html)
Outro
dado sobre o homossexualismo é publicado no blog do Julio Severo, segue:
“Os Centros
de Controle e Prevenção de Doenças (CCPD) estimam que os homens homossexuais
componham 61% das novas infecções do HIV nos Estados Unidos, embora eles sejam
apenas 2% da população americana”. (reportagem completa em http://juliosevero.blogspot.com.br/2011/08/homens-homossexuais-que-sao-apenas-2-da.html)
Será que as igrejas cristãs devem
aceitar isso? Será que as igrejas cristãs devem acenar passivamente para esse
estado de coisas geradas por um comportamento ou opção? Será que as igrejas
cristãs devem permitir que hajam relacionamentos amorosos entre pessoas do
mesmo sexo? Não! Não! Não! O evangelho tem um caráter transformador,
libertador. Aquele que segue a cristo deixa para trás antigos hábitos e sua
vida ganha um novo significado. É essa a mensagem que a igreja não pode se
furtar a proclamar.
Mais
adiante, Guzzo faz a seguinte conclusão.
“Não
parece fazer muito sentido, de fato, ficar com tanto enojamento, numa hora
dessas, para dizer quem está ou não qualificado para ser católico.”
Desculpe-me, a questão não é ser
qualificado para fazer parte desta ou daquela igreja, a questão é está disposto
a se qualificar a partir do cristianismo. Como cristão entendo, e creio que
esse seja o entendimento de todo cristão, devemos está diariamente na busca do
aperfeiçoamento comportamental e espiritual. Não se trata de enojamento, senhor
Guzzo, trata-se de princípios a serem seguidos e preservados.
Não obstante, quanto ao número de
fiéis, não vejo isso como a principal questão, uma vez que muitos serão os
chamados, mas poucos os escolhidos. MT 22:14
O autor do artigo ainda lista uma
série de situações proibitivas a um católico, como o divórcio, o uso de
preservativos, o aborto, descrer em milagres e não aceitar a teoria da
evolução.
Informo ao prezado articulista que é
mais lógico e racional crer em milagre do que no evolucionismo. Neste
particular, se o autor realmente acredita na Teoria da Evolução, a única coisa
que posso fazer é repassar-lhe a pergunta que bispo de Oxford, Samuel Wilberforce fez a Thomas Henry em
1860.
Você
descende de macacos por parte de avô ou avó?
Segue
J. R. Guzzo: “todas essas exigências não têm absolutamente nada a ver com
nenhum valor moral”.
Não? Então é normal, natural e moralmente aceitável que um
lar seja desfeito? O autor não se dá ao trabalho em tentar mensurar o efeitos
psicológicos de uma família desfeita. Efeitos psicológicos de todos os
envolvidos, mas, principalmente, para as crianças. Suspeito que Guzzo comungue
da ideia de que o casamento é apenas um contrato que facilmente pode ser
desfeito.
E quanto ao uso da camisinha? Devo
lembrar ao autor que, longe de ser uma solução, o uso da camisinha apenas
estimula que jovens caiam no mundo da prostituição. Que homens casados traiam
suas esposas e vice-versa, seguros de que não terão que se preocupar com uma
gravidez indesejada ou com uma DST. Isto nada tem a ver com moral? Para o autor,
não. Como também não se enquadra,
segundo Guzzo, em questões morais o aborto.
Pergunta ao senhor Guzzo. Quais as
evidências indicam que ele é diferente de um feto? Ouso em responder-lhe.
Nenhuma! Ou melhor, a única diferença é o tipo de alimentação e a idade.
Portanto, o aborto nada mais é do que tirar uma vida e logo, trata-se de um
assassinato sob qualquer ângulo analisado. Isso não diz respeito a moral?
Por fim, o artigo cita o sermão da
montanha. Então vamos lá. Mateus 5: 32: Eu porém vos digo que qualquer que
repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa
adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.
O que o autor falou mesmo sobre divorcio?
Alô, J. R. Guzzo, que tal ler a Biblia?
Conheça a verdade e a verdade vos
libertará.
Jakson Miranda
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