segunda-feira, 27 de outubro de 2014

OPOSIÇÃO VIVA PARA UM GOVERNO MORIBUNDO

Começarei esse texto citando um versículo bíblico que sempre me vem a mente quando analiso a sociedade. O mesmo encontra-se no Antigo  Testamento. 

"O meu povo está sendo destruído porque lhe falta conhecimento"(Oséias4:6). 

Continuando.    

Prometi aos amigos um texto em homenagem a vitória de Aécio Neves. Infelizmente não foi dessa vez. Nem eu, nem os 51 milhões de eleitores que escolheram o tucano, contávamos com essa derrota que ainda está sendo digerida aos poucos.

Logicamente que é natural que nesse momento a emoção fale mais alto que a razão, assim, mesmo decepcionado, não creio que tenham havido fraudes em urnas eletrônicas. A vitória do PT foi determinada por um erro estratégico de Aécio Neves em Minas Gerais, por um distanciamento da petista no Rio (o PSDB mais uma vez ficou sem candidato no estado) e pelos votos maciços do eleitorado da região nordeste. Devemos reconhecer que desta vez os institutos acertaram, conforme analisei aqui 


Isso não significa, entretanto, que cruzaremos os braços e deixaremos de defender aquilo que acreditamos ser a melhor forma de conduzir o país ao desenvolvimento, ou seja, respeito a propriedade privada, redução da carga tributária, menos governo e mais mercado. Honestidade, decência e moralidade. Intransigência com o crime e fortalecimento da principal base em qualquer sociedade saudável: A família.

Dito isto, a oposição deve já a partir dessa segunda, fazer o papel que lhe cabe, oposição! Estamos diante de um governo reeleito mas envolto a um mar de corrupção. Sendo verdadeiras as denuncias, o impeachment é o caminho que o império das leis recomenda, mas para  isso, é preciso ação.

Não obstante, contando que esse governo termine seus quatro anos, vislumbro um mandato pior do que este que se finda.

No aspecto econômico, não visualizo um caminho diferente do atual, ou seja, incompetência com as contas públicas e descuido com o já combalido tripé econômico. Mesmo na hipótese otimista de que o segundo mandato de Dilma Rousseff promova uma guinada à chamada racionalização da economia, seus efeitos não serão sentidos nesses quatro anos, isso porque, mesmo com um cenário externo favorável, a realidade é que a população brasileira encontra-se endividada, consequência da politica de crédito fácil promovidas nesse governo. Nesse contexto, o caminho que vejo, para que a economia volte a crescer minimamente, seria o governo reduzir gradativamente os programas sociais - Bolsa Família - para que essas pessoas entrassem no mercado de trabalho e a consequente redução dos gastos da máquina estatal. Não vejo o governo petista com disposição para isso.  Resultado: Economia parada!

No campo da politica, as previsões não são nada otimistas. O governo lutará para impor sua agenda ideológica Se conseguir seu intento, o Legislativo pode fechar as portas.  E quais são as agendas do PT?  O financiamento público de campanha e as consultas populares, em ambos, acredito, não terá força no congresso e senado para levar essas idéias adiante.  Resultado: Reforma politica parada!

É fato que nossa democracia encontra-se cambaleante quando analisamos o judiciário, em especial o STF, ali, o governo escolherá juízes que se alinham com suas teses e cobrarão desses juízes tais afinidades. Isso torna urgente que tenhamos um congresso mais combativo, nesse ponto, espero tal postura da bancada evangélica, que não façam a politica da conveniência e sim a politica de princípios.

Deste modo, a tardia união que a presidente conclamou em seu discurso, dificilmente acontecerá, pelo que seu governo mostrou do que é capaz nesse campanha e pelos motivos citados acima. Muitos outros podem surgir.

2018

Talvez sejamos tentados a afirmar que não é hora de especularmos as próximas eleições em âmbito nacional. Sim, tudo o que é dito sobre o futuro, é apenas uma projeção ou mera especulação. Não obstante, já quero deixar aqui o meu posicionamento.

Ainda ontem, alguns articulistas argumentaram que Geraldo Alckmin surge como uma forte opção do PSDB para 2018 na disputa presidencial.

Não compactuo com essa linha. Não porque eu tenha objeções ao governador paulista, muito pelo contrário. Considero-o um dos mais capacitados políticos atualmente. Todavia, o melhor roteiro que visualizo é o seguinte.

Aécio Neves conseguiu uma votação expressiva nessa disputa. Deixar de disputar as eleições em 2018 significará dispensar esses números. Caso o candidato seja Geraldo Alckmin, mesmo já tendo disputado as eleições em 2006, o PSDB gastará um tempo enorme em torná-lo nacionalmente conhecido, coisa que com Aécio Neves não será necessário.

O PSDB deve se preocupar em não entregar o Estado de São Paulo de mão beijada aos petistas, erro que o Aécio cometeu em Minas. Também nesse ponto, o mineiro não terá essa preocupação, ao contrário, poderá reconquistar os votos que não teve agora. 

Assim, o melhor para Geraldo Alckmin e para o PSDB a nível nacional, será o tucano paulista fazer seu sucessor no Estado e disputar o senado, fazendo uma campanha próxima do seu eleitorado. 

Ainda no campo da especulação para 2018, é imperioso tocarmos num outro aspecto. De 2013 até ser definida a chapa tucana esse ano, muito se debateu sobre a escolha do vice. A escolha estava entre uma união entre o PSDB de Minas e São Paulo ou, escolher algum politico do nordeste. Ficou-se com a primeira opção. 

Para 2018, vejo a segunda opção como a mais virtuosa. Creio que uma aliança com o PSB, escolhendo alguma figura de pernambuco será uma das alternativas. Fato é que a oposição deverá marcar presença naquela região ou teremos disputas ainda mais imprevisíveis com ventagem para a ideologia do medo.

A OPOSIÇÃO ESTÁ VIVA!!  








6 comentários:

  1. O OUTRO VAI FICA OLHANDO...SE TOCA...NÃO SUBESTIME ADVERSÁRIO..

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  2. Excelente análise. Sou da opinião que esta vitória tão apertada deve ser motivo mais de preocupação para o PT que de comemoração, afinal 49% dos eleitores são contra este governo e seus desmandos. A ilusão esquerdista de ter "amplo apoio popular", de se auto - intitular "representantes do povo" começa a se dissolver frente a este número. Resta esperar que esta fatia enorme de brasileiros na oposição seja representada à altura por aqueles a quem cabe fazê-lo.

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    1. Acho isso também Valdeci, mas teremos que nos manter vigilantes e se opor quando necessário.

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    2. Sem dúvida, Virgínia. Estamos na iminência de um plebiscito e de uma nova constituinte convocada por este governo que têm intenções claramente golpistas. A oposição de todos nós será muito importante! Mas ainda mais importante em uma democracia representativa é que os nossos representantes no Congresso travem as batalhas que nós não podemos. Este governo não pode mais ter vida fácil.

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  3. Li atentamente ...compartilhei no face e no tt... Excelente leitura , vou colocar nos meus favoritos para ler de vez em qdo e não esquecer o que se passou ontem , Abraços

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  4. Muito bom. Vamos construir essa oposição, para fortalecer a oposição no Congresso.

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