terça-feira, 21 de outubro de 2014

A NOVA CLASSE MÉDIA VOTA NA DILMA, SEM MOTIVOS!

Acredito na vitória de Aécio Neves, mesmo com a petista estando três ou quatro pontos a frente, segundo os institutos. Como todos nós sabemos, os "erros" grotescos desses mesmos institutos apontam para essa possibilidade.

Pois bem, acabo de ler na Folha de São Paulo a noticia de que a nova classe média, que teve sua ascensão baseada na economia e educação, tendem a votar na candidata do PT. Li e fiquei me perguntando em qual momento a educação favoreceu essa ascensão. Não estou negando que programas como o Prouni ou o Pronatec tenham contribuído para melhorar a vida das pessoas. O que questiono é a efetiva qualidade desses programas. Para melhor ilustrar essa minha afirmação, resgato aqui um estudo feito pela consultoria ManpowerGroup, publicada em reportagem do G1 em 2012. Segundo esse estudo, "71% dos empregadores entrevistados no país dizem ter dificuldade para preencher postos nas mais diversas áreas - de motoristas a profissionais de tecnologia". 'De acordo com nossa pesquisa, a dificuldade de se preencher vagas no Brasil vem crescendo a cada ano. Do ano passado para cá, houve um crescimento de 15% na dificuldade relatada pelos empregadores em contratar', afirma Riccardo Barberis, diretor da Manpower Group no Brasil.(http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/12/conheca-10-areas-em-que-faltam-profissionais-no-brasil.html). 

Na reportagem cujo link vai acima, ainda se reclama da baixa qualidade desses profissionais.

Agora, me indago. Onde estão os profissionais oriundos do ProUni e Pronatec? Onde estão os profissionais em saúde vindos desses programas? Representam números reduzidos que não atendem a demanda do mercado... será que todos estão empregados em suas áreas de formação?

De fato, o que há, na realidade é uma INTERPRETAÇÃO dos dados oficiais que beneficiam o discurso do governo. Lembro aqui de uma aula na faculdade a alguns anos. Nessa aula, a professora nos passou uma tabela de itens, como televisor, micro system, telefone celular, computador entre outros. A partir da quantidade desses produtos que uma casa possuía, aquela família era considerada como pertencente a classe média.

Ok, ok. Bens materiais podem muito bem serem usados para auferir a qualidade de vida da população, oras, a pessoa estuda, trabalha e adquiri bens. Sim, é claro que isso pode acontecer. Porém, quando cruzamos com outros dados da economia, devemos nos indagar se essa é a tendência.

Vejamos.

Segundo dados, a taxa de endividamento das famílias brasileiras é de ALARMANTES 63,6% ! (http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Resultados/noticia/2014/08/endividamento-das-familias-e-o-maior-desde-julho-de-2013.html)

Outro dado: Nossa taxa de inadimplência continua acima de 6% entre as pessoas físicas.

CONCLUSÃO

É interessante notarmos que os programas do governo para a capacitação profissional não estão atendendo a demanda do mercado de trabalho. Além disso, o governo Dilma, teve como principal estimulo a economia o incentivo ao crédito, aumentando assim, o ENDIVIDAMENTO das famílias, ou seja, as pessoas compraram de carros a televisores, de tablets a lava-louças, passaram a ser classificadas como pertencentes a classe média, porém, com uma divida enorme a pagar.

Diante de tudo isso, essa nova classe média ainda tende a votar na Dilma? Ok, tenho contas a pagar, com o baixo crescimento da economia não sei se continuo empregado ano que vem, (vejam meu outro artigo onde questiona a taxa de empregos http://ultimaarcadia.blogspot.com.br/2014/10/a-maquina-petista-esta-acuada-sem-medo.html) mas mesmo assim, pertenço a classe média e votarei no PT por isso. 

Aonde vamos parar?





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