Cultura, economia, religião, comportamento, política,
filosofia, etc, etc. Ao longo dos anos, todos os temas da sociedade foram e são
abordados pelas mais diferentes óticas. Claro, cada autor tem sua própria visão
de mundo e esta, se reflete nas atividades que esse autor empreende.
Nessa mesma linha, ao abordar algum tema, muito dificilmente
aquele que a aborda, consegue se depreender de suas afinidades, religiosas,
políticas ou filosóficas.
Assim, no auge da polarização entre direita e esquerda,
entre URSS e EUA, a sociedade pode observar e apreciar essa polarização nas
mais diversas formas de expressão. A cada dia, as livrarias se encontravam repletas de
novos títulos, idem para o teatro e cinema. Cada novidade era uma defesa, mesmo
que obliqua, de um dos dois modelos ideológicos.
Aqui no Brasil também não foi diferente.
Voltando um pouco no tempo, podemos observar que nossa
história guarda nomes como os de João Soares Lisboa e Cipriano Barata que por muitos, são considerados os primeiros representantes da esquerda no Brasil.
Já no século XX, outros nomes se destacam, como Graciliano Ramos,
Sérgio Buarque de Hollanda e Caio Prado.
A lista é enorme!
De fato. Grandes escritores sempre atraem os olhares do público. No caso de uma ideologia, a mesma precisa desses bons escritores e grandes pensadores. Não é diferente com a Esquerda! O Pensamento Socialista precisa de mentes que apontem novos caminhos para que o objetivo em si - O Comunismo - seja alcançado, ou, ao menos, que essa ideia, seja transmitida as novas gerações de forma atraente.
Ocorre que, o filósofo esquerdista, deve a todo momento reportar-se a Marx e Engels, e nesse processo, indubitavelmente, seu campo de ação especulativa fica limitada sob o risco não de contradizer o que já foi escrito antes, mas pior, sob o risco de que sua conclusão, num determinado momento, refute totalmente o próprio marxismo em si.
No decorrer de seu ativismo, observamos que espertamente e gramscianamente, os esquerdistas nos tomaram de assalto algumas palavras, tais como, burguês, consciência e alienado.
Essas três palavrinhas podem vir juntas numa única frase, basta um pobre coitado discordar de Marx, que logo alguém lhe tasca a pecha de burguês, sem consciência de classe e portanto, um completo alienado.
Seria cômico e não fosse trágico, mas, o pior não é isso, o uso daquelas palavras não nos fariam nenhum mal. Ocorre que, infelizmente, não nos tomaram de assalto apenas algumas palavras do dicionário, mas, abocanharam de forma avassaladora nossas universidades e escolas.
Nesses espaços, as três palavrinhas roubadas do dicionário são diariamente repetidas.
Oras, nada melhor do que a universidade, local onde as ideias correm livres, onde se é formada a elite pensante da nação para que o iluminismo de Marx seja ensinado, discutido e aplicado a toda sociedade.
Não obstante, antes de se tornar um meio de onde se irradiaria a Revolução, a universidade tornou-se vitima dessa doutrina ideológica. Sim! Ao refletirmos sobre a produção intelectual brasileira, nos deparamos com um profundo empobrecimento, em especial, nas Ciências Humanas, em particular, com o pensamento esquerdista.
Qual a contribuição que as Ciências Humanas tem emprestado a nossa sociedade nos últimos anos, quiçá, nas últimas três décadas? Se houve alguma contribuição dessa área a nossa sociedade, ela foi de forma gritante, menor do que poderia nos oferecer.
Alguém que se identifica com a esquerda oferece-nos alguma proposta viável para que o Brasil de fato, cresça economicamente?
Alguém que se identifica com a esquerda oferece-nos alguma proposta viável contra a criminalidade?
Alguém que se identifica com a esquerda oferece-nos alguma proposta viável para os problemas da saúde pública?
Alguém que se identifica a esquerda oferece-nos alguma proposta viável para a baixa qualidade da educação pública?
A essas e a tantas outras indagações que possamos fazer a resposta é,
NÃO!
O que constatamos todos os dias, são esses "pensadores" não preocupados com essas questões, mas, preocupados em esconder da sociedade todos os problemas dos quais a população padece.
O ato de esconder-se da realidade, o ato de fugir da realidade, o ato de não confrontar a realidade é um comportamento típico de pessoas VERDADEIRAMENTE ALIENADAS.
Por fim, concluo afirmando que na impossibilidade de Marx ser contestado, criticado ou mesmo superado, deixa seu possível legado teórico longe das idéias filosóficas e encontrando lugar junto as seitas dogmáticas que não encontram nenhuma sustentação quando confrontadas com a realidade e portanto, ao não encontrar respaldo na realidade, tal dogma, tal corrente filosófica, torna-se UM INSTRUMENTO DE ALIENAÇÃO!
Rodrigo Constantino apresentou-nos a Esquerda Caviar.
Eu, modestamente apresento, a Esquerda Alienada.